quinta-feira, 29 de março de 2012

UFERSA Angicos promove CinePET


Dentro das atividades do Programa Conexões do Campo, a UFERSA Angicos dará início a ação CinePET. A proposta é promover sessões temáticas com a utilização de mídias na educação do campo em favor da leitura e interpretação de textos fílmicos, além de possibilitar o pensamento crítico, o debate e a troca de saberes entre universidade e as comunidades do campo sobre o acesso à educação.
A abertura acontece nesta quinta-feira, 29, com a exibição do documentário 'O veneno está na mesa', sob a direção de Silvio Tendler. A sessão terá início às 17:30h, no Auditório da Biblioteca da UFERSA Angicos. Segundo a tutora do PET Comunidade do Campo, professora Ady Canário, as exibições vão acontecer sempre na última quinta-feira de cada mês.
A organização, elaboração e execução do Projeto CinePET Conexões na universidade conta com a articulação dos bolsistas e voluntários do programa, estudantes da graduação do Campus de Angicos que são beneficiados pelo projeto.
As sessões têm como público alvo estudantes, professores e técnicos do ensino superior e da educação básica e demais profissionais interessados na temática.

sábado, 17 de março de 2012

PET Conexões debate inclusão de jovens afrorrurais na UFERSA


Morador do Sítio Malhada Grande, no município de Santana do Matos, na Região do Sertão Central, Rafael da Silva Cunha, é exemplo para milhares de jovens que vivem em comunidade rurais. Com apenas 16 anos, conquistou uma vaga no curso de licenciatura em Computação e Informática na Universidade Federal Rural do Semi-Árido, no campus de Angicos. Rafael Cunha também é exemplo quando o assunto é acesso e a permanência de estudantes de camadas populares na universidade.
Proveniente de escola pública, o jovem participou do cursinho pré-universitário promovido no ano passado pela UFERSA Angicos, por meio do Programa Conexões de Saberes, na Escola Estadual Francisco Veras. “Entrar na universidade é um sonho que realizei mesmo diante de muitas dificuldades por residir na zona rural”, reconhece Rafael, que hoje é um dos bolsistas do Programa PET Conexões Linguagem, coordenado pela professora Ady Canário.
O estudante, que também é poeta cordelista, expressou a sua vivencia no PET Conexões, recitando um poema para os participantes do III Seminário de Integração do PET Conexões Linguagem, realizado no Auditório da UFERSA Angicos. “A nossa proposta é promover o debate sobre a importância do acesso e a permanência dos estudantes de comunidades rurais na universidade quando as estatísticas apontam que apenas 2% da população de cor negra conseguem ingressar no ensino superior”, resume a professora Ady Canário.
Natural de Afonso Bezerra, o estudante de Ciência e Tecnologia, Edivanilson Jackson da Silva, é outro exemplo. Vindo de escola pública, o universitário reconhecer a importância do PET Conexões para se manter na Universidade. “O Programa me ajuda muito e a minha meta é poder concluir o curso”, afirmou. Segundo Edivanilson a implantação da UFERSA em Angicos facilitou o acesso dele a universidade.
AFRORRURAIS – O Seminário contou também com a participação do professor da UERN, Dr. João Freire Rodrigues e, do deputado estadual, Fernando Mineiro, que abordaram o tema As políticas Públicas Afrorrurais. “O PET também foi importante na minha trajetória acadêmica e para mim é de grande importância poder compartilhar essa experiência com os estudantes da UFERSA Angicos”, expressou João Rodrigues. Para o professor, um programa como o PET representa um complemento ao curso de graduação.
No Brasil, afirmou o palestrante, ainda são muitas as dificuldades para os jovens da zona rural ingressar na universidade. Classificada como área destinada à agricultura, a zona rural também reflete uma realidade de carência no que diz respeito ao acesso de bens e serviços – educação, saúde, saneamento. “A carência desses serviços prejudica no exercício da cidadania da população que mora no campo”, ressaltou. Ainda segundo o professor, a situação é mais grave quando se trata de comunidades quilombolas ou de remanescentes de negros e índios.
“Trazer a questão afrorrurais, um tema esquecido pela academia, por meio do Programa PET Conexões é muito importante. É uma iniciativa inédita essa discussão no interior do Estado”, considerou o deputado, Fernando Mineiro. Na sua explanação para os universitários, Mineiro reconheceu a situação de abandono vivenciado pelas comunidades quilombolas no Rio Grande do Norte.
“A relação que o poder público tem com essas comunidades é de folclorização”, pontuou. Ainda segundo o deputado, as comunidades afrorrurais continuam “pobres, abandonadas e invisíveis”. “Os números da desigualdade brasileira têm cor e gênero”, ressaltou ao justificar a forte discriminação racial existente com a população pobre e negra.
Ainda segundo Fernando Mineiro, mesmo com a duplicação no número de comunidades remanescentes de quilombolas identificadas e reconhecidas, que passou de 21, no ano 2000, para 44, em 2011, a questão racial continua diluída na sociedade. “A titularização da terra e a implementação da Lei 10.639 são conquistas ainda não concretizadas pela maior parte da população afrodescendente”, lembrou o deputado.

quarta-feira, 14 de março de 2012

UFERSA Angicos debate políticas públicas afrorrurais


As políticas públicas afrorrurais é o tema que será debatido durante o III Seminário de Integração do Programa PET Conexões Linguagem, promovido pela UFERSA Angicos. O debate vai acontecer nesta quinta-feira, 17, a partir das 17:30h, no Auditório do Prédio de professores, no campus da Universidade.
O debate contará com a participação do deputado estadual Fernando Mineiro e do professor da Universidade Estadual do Rio Grande do Norte, João Freire Rodrigues. A mediação será feira pela professora da UFERSA Angicos Cynara Teixeira Ribeiro, tendo a bolsista Ana Paula de Moura como relatora.
O Seminário é aberto a toda a comunidade acadêmica, representantes de movimentos sociais e demais profissionais e da sociedade angicana e região do sertão central interessadas no tema. “É um momento para se discutir a importância das políticas públicas com vistas ao acesso e a permanência de comunidades populares na universidade”, frisa a professora Ady Canário, coordenadora do PET Conexões Linguagem.